sábado, 9 de outubro de 2010

Transforma-nos em patetas

"Transforma-nos em patetas,
Ohh meu pai, pedimo-lhes    Oha o tempo como brilha     É dia, outro dia!
Que dia ele disse?    Hoje ou amanhã, ouça nossa prece!        Ahh é ti! Oh sim, vem aqui.    Cuidado, calma não tenha medo.    Eles já comentam sobre o som do dia 30.
Eles dizem que talvez seja 6 ou mês?    Não vá agora, perdeu a condução!     Olha lá ele disse, outra vez novamente!    Sabe-se lá o que disse, anda! Orai!"

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tiririca, Mulher Pêra.... Será?

     Como sempre, após o início do horário político algumas figuras caricatas ganham fama e penetram na mente do povo. Pessoas que a tempos tiveram o seu ápice de fama, hoje, entregam-se as mãos do povo, pedindo seu voto em campanhas políticas para reprenta-los no congresso. Mas será que pessoas como Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, merecem mesmo o seu voto?

    Não se deve negar ao povo o direito de se auto-representar, por esse mesmo motivo, restrições a candidaturas de pessoas que tenham ficha limpa e não tenham problemas na justiça é completamente inaceitável. Não importando se tiveram ou não o ensino médio ou fundamental concluido. Isso não o fará um mal representante do povo, são suas  decisões que o levará a ter um mandato bem sucedido ou não.  Deste modo, sou totalmente a favor que candidatos como A mulher Pêra, o Kiko do KLB ou qualquer outra pessoa do nosso país tenha o direito de se candidatar a qualquer cargo político. Mas não é porque eles têm direito a se candidatar que devem ser eleitos.
   Uma vaga na representação política deve ser conseguida por projetos, ideais e o mais importante, confiança. Por isso, votar em uma pessoa apenas porque é engraçado, atraente ou cantou em uma banda que fez fama, não é de modo algum sensato. A politíca deve ser vista por nós, o povo, como algo sério. São essas pessoas que nos representaram por 4 anos, e serão essas pessoas a nossa imagem refletida no espelho. E apesar do que muitos pensam, não acredito que no nosso país, só hajam  palhaços, mulheres bonitas, bandidos e artista, e sei que o seu voto provará que estou certo.  E você o que acha destes candidatos? Opine!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Campanha: Viva a Seleção e Foda-se nossa nação!

É chegada a hora! Enfim, a Copa do Mundo de Futebol organizada pela FIFA começou para nós brasileiros. Primeiro jogo da seleção penta campeã, camisas ilustrando o amor pelo time circulam por todo o país. Lindo não? Ver tanto nacionalismo em todos os cantos. Bandeiras brasileiras nas portas das casas, muros pintados de verde e amarelo. É tudo tão patriota! Vocês já me entenderam não é?


Sei que para muitos, pode ser irritante uma pessoa que implica com quase tudo, mas como ficar cego tamanha tanta hipocrisia? É como se o Brasil passasse do dia para a noite, de uma "nação em desenvolvimento" para o melhor país do mundo para se viver! Temos que aceitar sem pestanejar a mensagem que sem sombra de dúvidas é a mais divulgada atualmente no Brasil: "Fodam-se os indigentes, fodam-se os problemas, foda-se tudo pois agora é a Copa do mundo! " enquanto isso, esquecemos das eleições que estão chegando, esquecemos dos graves problemas que enfrentávamos até pouco tempo no senado nacional, "enfrentávamos" sim, já que de uns tempos pra cá, o Brasil simplesmente esqueceu, ou apenas fingiu não lembrar. Enquanto comemoramos nossa vitória no futebol, agora, nesse exato momento, crianças vendem o próprio corpo na beira de alguma estrada brasileira em troca de míseros 10 reais, ou provavelmente menos do que isso, apenas um prato de comida.

Mas pensando bem, a maioria de nós nem ligava para isso antes da copa, não vai ser agora, com a vitória de 2 a 1 sobre a Coreia do Norte que vamos ligar não é mesmo? Então deixo aqui a minha solitária campanha:
Viva a Seleção e Foda-se nossa nação!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Documentário: Orwell se revira no túmulo.



"Mais um documentário que definitivamente vale a pena assistir, dessa vez um produção estadunidense que faz uma ponte incrível entre a atuação da grande mídia (ou do PiG, Partido da Imprensa Golpista, como diria Paulo Henrique Amorim) e a belíssima obra de George Orwell, 1984.







O documentário é uma denúncia do abuso de poder e influência da imprensa, através da manipulação e escolha das informações e da falsa ilusão de diversidade e pluralismo que esconde na verdade não um sistema competitivo de distribuição de informações e notícias, mas sim de um cartel, onde meia dúzia de empresas controlam todos os meios de comunicação, seja o rádio, a TV (inclusive à cabo) e também os jornais e revistas.






Para além dessas 5 ou 6 empresas ainda surge uma uniformidade mais gritante, pois ali os interesses confluem na mesma direção e se confundem, pois essa elite midiática é também a elite econômica e política da sociedade, e dessa forma tudo que ela faz é garantir seus próprios interesses e jogar sozinha o jogo do poder.






Enquanto isso, como diz Michael Moore durante o filme, as pessoas acenam bandeira e gritam “Somos livres! Somos livres! Vivemos numa democracia! Uhuuu!!”. Quando na verdade tudo que as elites representam são a si mesmas e assim essas elites se tornam cada vez mais ricas, as classes baixas cada vez mais pobres e a classe média vai perdendo espaço e desaparecendo.






Durante o filme as passagens do romance de Orwell são citadas de maneira quase profética, e é impossível não notar as semelhanças e os paralelos entre o “Partido” e nossas corporações midiáticas e as ferramentas usadas por ambos para controle e dominação.






No fim da históriaa crítica de Orwell vai além da ficção e não permite apenas que imaginemos a opressão do Grande Irmão, mas que possamos sim reconhece-la aqui e agora, bem diante de nossos olhos, nos resta agora resolver se vamos esperar pelo Ministério da Verdade e pela Polícia das Idéias nos encurralarem e manipularem nossos pensamentos (que nesse ponto já não serão mais nossos!) ou se vamos fazer algo contra isso (seja lá o que for).






No livro o final não foi muito bom pra quem resolveu ir contra o “Partido”, mas quem sabe fora das páginas da literatura o resultado não seja outro."



Faça o download do torrent do filme aqui.






Fonte: Além Da Consciência

segunda-feira, 1 de março de 2010

Engarafamentos. Esse problema tem solução?


Nas grandes cidades do Brasil o engarrafamento é um cenário comum para a população. Todos aqueles carros parados, expelindo fumaça de seus carburadores e enterrompendo o silêncio natural da atmosfera com as desordenadas buzinadas e roncos de motores.

No decorrer da evolução humana, muitos itens tiveram valores de status social. Atualmente, o carro, utensilio muitas vezes dispensável, é utilizado unicamente para essa missão. Dar ao seu usuário status social.

Seja por decorrência da necessidade do ofício ou mesmo como citei acima, apenas por status social, os carros estão tornando-se uma verdadeira praga em nossas ruas. É absurdo ver que a população pede aos seus representantes soluções e melhorias mas negam abrir mão dos confortáveis e individuais carros.

As revendedoras por sua vez, disponibilizam mensalmente milhões de carros ao mercado nacional sem nenhuma obrigação para que com as ruas e estradas, pelo contrário, beneficiam-se das vendas desses objetos que literalmente paralizam e destroem nossas ruas.

Não desejo prôpor o fim da utilização dos carros. Porém, leis que obriguem a utilização consciente desses itens de consumo, deve no mínimo ser cogitada por nossos representantes.

Confesso que é realmente difícil acreditar que apenas J.K foi sustentado pelas multinacionais fornecedoras de carros, mas não perdemos nada em lembrar que nossa parte também pode ser feita. Dê carona ao seu filho, seu irmão ou seu pai e ajude a construir um país com horizontes mais limpos e visíveis!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Serviço Militar Obrigatório.



A certas coisas que realmente me intrigam em nosso país e o serviço militar obrigatório com certeza é uma delas. Não faz sentido viver em uma republica democrática se nós não temos o direito de decidirmos por nós mesmos. Se houvesse tantas vagas que nem mesmo todo o contingente de jovens que desejam servir a uma das três forças militares do nosso país não fossem o suficiente para suprir as necessidades de nossas forças armadas, seria de certo modo justificável fazer com que todos os anos milhares de jovens se dirijam aos quarteis de suas respectivas cidades. Mas sabemos que não é esse o caso e o alistamento militar passa a ser apenas uma manhã perdida ( ou tarde também) para a grande maioria dos jovens que são obrigados a comparecer ao alistamento.

Em uma país onde a maioria dos jovens lutam em busca do primeiro emprego, não é necessário ser nenhum Einstein para perceber que o alistamento militar obrigatório é desnecessário, pois todo o ano milhares de jovens iriam voluntariamente ( e com um grande sorriso no rosto) se alistar em troca de seu salário mínimo.

O mais estranho (lê-se estúpido) é que os EUA um país que como todos nós sabemos vive sobre constantes guerras por culpa de “sua crise existencial napoleônica (lê-se Loucura Imperialista)” não têm o alistamento Militar Obrigatório, e pelo que vemos nos jornais, não falta contingente em seu exército.


Por esses motivos, acredito que o Alistamento Militar Obrigatório deve deixar de existir, pois seja no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo, sempre existirão jovens jogadores de video-game inspirados pelas aventuras dos Rambo's de Hollywood ansiosos por matarem uns aos outros por velhos engravatados que não os conhecem(leia "E se os tubarões fossem homens").


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

E se os Tubarões fossem homens? Por Bertolt Brecht


Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias, cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim que não morressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos.
Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista e denunciaria imediatamente aos tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações. Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre sí a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros. As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que entre eles os peixinhos de outros tubarões existem gigantescas diferenças, eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, havia belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nos quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões.
A música seria tão bela, tão bela que os peixinhos sob seus acordes, a orquestra na frente entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos .

Também haveria uma religião ali. Se os tubarões fossem homens, ela ensinaria essa religião e só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida.Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar e os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiro da construção de caixas e assim por diante.

Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.