sábado, 23 de janeiro de 2010

Serviço Militar Obrigatório.



A certas coisas que realmente me intrigam em nosso país e o serviço militar obrigatório com certeza é uma delas. Não faz sentido viver em uma republica democrática se nós não temos o direito de decidirmos por nós mesmos. Se houvesse tantas vagas que nem mesmo todo o contingente de jovens que desejam servir a uma das três forças militares do nosso país não fossem o suficiente para suprir as necessidades de nossas forças armadas, seria de certo modo justificável fazer com que todos os anos milhares de jovens se dirijam aos quarteis de suas respectivas cidades. Mas sabemos que não é esse o caso e o alistamento militar passa a ser apenas uma manhã perdida ( ou tarde também) para a grande maioria dos jovens que são obrigados a comparecer ao alistamento.

Em uma país onde a maioria dos jovens lutam em busca do primeiro emprego, não é necessário ser nenhum Einstein para perceber que o alistamento militar obrigatório é desnecessário, pois todo o ano milhares de jovens iriam voluntariamente ( e com um grande sorriso no rosto) se alistar em troca de seu salário mínimo.

O mais estranho (lê-se estúpido) é que os EUA um país que como todos nós sabemos vive sobre constantes guerras por culpa de “sua crise existencial napoleônica (lê-se Loucura Imperialista)” não têm o alistamento Militar Obrigatório, e pelo que vemos nos jornais, não falta contingente em seu exército.


Por esses motivos, acredito que o Alistamento Militar Obrigatório deve deixar de existir, pois seja no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo, sempre existirão jovens jogadores de video-game inspirados pelas aventuras dos Rambo's de Hollywood ansiosos por matarem uns aos outros por velhos engravatados que não os conhecem(leia "E se os tubarões fossem homens").


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

E se os Tubarões fossem homens? Por Bertolt Brecht


Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias, cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim que não morressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos.
Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista e denunciaria imediatamente aos tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações. Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre sí a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros. As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que entre eles os peixinhos de outros tubarões existem gigantescas diferenças, eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, havia belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nos quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões.
A música seria tão bela, tão bela que os peixinhos sob seus acordes, a orquestra na frente entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos .

Também haveria uma religião ali. Se os tubarões fossem homens, ela ensinaria essa religião e só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida.Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar e os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiro da construção de caixas e assim por diante.

Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Filme- O Motim: A História de Mangal Pandey.



Dediquei a 1ª postagem do ano a um filme que certamente marcou minha vida. O Motim relata a história de Mangal Pandey, um homem como qualquer outro que cansado da opressão sofrida pela Cia Britânica das Índias Orientais se revoltou contra toda uma organização levando coragem e esperança para toda a Índia.
O filme lançado em 2005 foi produzido pelo renomado diretor indiano Ketan Mehta. Não desejo adiantar a história do filme que é realmente emocionante, por isso, sem mais delongas, assitam o Motim, e com certeza não se arrependerão.

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